sábado, 8 de março de 2008

COVARDE, EU?

E não é que ontem à noite, mais especificamente no comecinho da madrugada, encontrei o André num barzinho que havia tempos eu não ia (praticamente desde que comecei a namorar ele)?

Apesar da raiva que nutro por ele – que insiste em não sumir -, resolvi ser educado e não ignorá-lo, falei um oi de longe, com um sorriso amarelo no rosto. E, para minha surpresa, ele veio todo maroto para o meu lado e me deu um longo abraço, daqueles que a gente dá quando está com muita saudade de alguém querido, demorado, apertado. Fiquei meio sem reação, sem entender o porquê daquilo tudo. Daí ele começou a dizer que era muito bom ter me encontrado lá, que estava com saudade e precisava conversar comigo serinho, mas que aquele não era o ambiente ideal. Perguntou se eu iria ficar muito tempo por lá e se estava disposto a ir com ele em algum lugar em que podíamos bater o tal papo. Eu estava totalmente sem graça e não sabia o que dizer, não queria ir com ele, mas não tive coragem de dizer não, então disse que tudo bem, que ficaria só mais um pouquinho e depois chamaria ele. Na hora eu já me arrependi por ter dito aquilo, aquela conversa não poderia dar boa coisa... eu com raiva e ele todo felizinho pro meu lado, o que me irritava mais ainda. E tinha outra coisa: estava com medo dele pedir pra gente voltar (oras, o que mais poderia ser aquela conversa?) e eu acabar aceitando, não quero isso, tenho meu orgulho.

Então, sem saber como sair daquela situação, tomei a pior decisão: eu simplesmente fugi. Eu fui embora, sem dar satisfação a ele. Cara, que medroso eu fui! Coragem não é uma das minhas qualidades, não?

Hoje ele me mandou uma mensagem dizendo que eu sumi e perguntou, como se fosse de brincadeira, se eu tinha fugido dele. Disse também que ainda quer conversar comigo, me mandou escolher o dia e avisá-lo. Indecisão...

Pior que agora estou com vergonha dele e decepcionado comigo. Shit!

segunda-feira, 3 de março de 2008

DIVAGANDO...

E não aconteceu como eu previ. Acertei quando disse que o rolo dele com seu novo ficante não iria durar, mas errei ao afirmar que, finado o caso, ele tentaria reconciliar comigo. Ele ficou rondando, ligou 'pra saber como eu estou', mandou mensagem dizendo-se preocupado com o meu sumiço (oi, a gente não namora mais, por que manteríamos contato?), mas nada muito direto, não chegou a dizer que realmente queria que voltássemos.

Estou querendo fazer dele passado, apenas tê-lo na memória como meu primeiro amor, que, inevitavelmente, não deu certo. Seguir em frente. Tanto que todo aquele desejo de vingança do post passada já sumiu, não desejo mais que eu tenha a oportunidade de desprezá-lo. Resolvi que vou me concentrar mais nos estudos, dar mais atenção à faculdade e amigos.

Outro assunto que tem me incomodado é a falsa falta de preconceito que meu irmão e mãe têm demonstrado. Eles têm sempre com o mesmo discurso liberal, pró-gay, contra a homofobia, no entanto suas atitudes, seus comentários diante de assuntos importantes da causa gay (odeio essa expressão!) mostram que todo esse discurso que vomitam diariamente não passa de uma forma que encontraram por se passarem por liberais, pessoas avançadas. São, na realidade, aquele pior tipo: preconceituosos disfarçados de bom moços. Por exemplo, minha mãe, que se considera a favor dos homossexuais, disse várias vezes que os homossexuais são ótimas pessoas, mas quando não gostam de alguém se tornam horríveis, vingativos, tentam prejudicar seu desafeto, são a típica pessoa que você não vai querer por perto. Agora me diz, se isso não é um preconceito (existe gente assim independente da orientação sexual), o que seria? Eu acho melhor escutar e ficar quieto, não brigo mais, não coloco minha opinião nem aponto como estão sendo hipócritas, já perdi muito tempo discutindo, me exaltando, xingando e tentando provar por a + b seus reais modo de ver os homossexuais.

Não discuto com quem não está aberto a mudanças, a ver a vida com outros olhos.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

COMEÇANDO PELO FIM

E hoje faz duas semanas que levei um pé na bunda.

Depois de nove meses de namoro, André* resolveu, do nada, me avisar que nosso namoro já não era o mesmo, já não via a mesma empolgação do começo em mim e que seria melhor nós terminamos antes que nos tornássemos inimigos (e o que ele realmente quis dizer com isso: encontrou alguém mais gostoso).

Chegou a dizer que o problema não era eu, mas ele. Sério que alguém ainda fala isso quando não tem coragem de dizer a verdade do porquê do fora?
E isso o que mais me irritou, a covardia, a invenção dizendo que nós não estávamos bem... tudo bem que não sou a pessoa mais focado do mundo, mas certamente perceberia se nós estivéssemos, de fato, numa mau momento. Tanto não estávamos que o susto do fim foi maior que a dor.

E quando disse que ele terminou porque encontrou alguém mais gostoso não é exagero, dois dias depois do fim vim a saber que ele já estava "namorando' outro. E as aqui as aspas são bem-vindas. Explicando: o cara que ele está pegando é o típico galinha de boite, que fica com todos, mas nunca está de fato com ninguém. Nunca tem nada sério, quer pegar o máximo no menos número de tempo.

Só espero que o André perceba a besteira que fez (modeeesto!) e venha correndo de volta. Para eu não aceitar. Só para eu poder sentir o gostinho da vingança (e nem eu mesmo sabia que era vingativo).

*Nome fictício